Texto de Rodrigo Rocha sobre o fim da parceria entre a Medley e a equipe de vôlei do Campinas, algo que já virou rotina no mundo do voleibol nacional.
Após três anos a frente do projeto
como patrocinador master, a Medley Indústria Farmacêutica retirou o seu
patrocínio da equipe de vôlei de Campinas.
Segue trecho da Nota Oficial
divulgada pela empresa:
"A Medley entende ter
contribuído para resgatar a paixão do vôlei na cidade e reverencia a torcida
campineira que sempre apoiou o time e tanto auxiliou a comunidade com a
arrecadação de alimentos e outras ações sociais geradas nas partidas. Destaca também
o profissionalismo dos atletas e comissão técnica que honraram, com dedicação e
talento, a marca da empresa."
O time de Campinas vai se manter,
pelo menos, pela próxima temporada, independente de patrocínio. Afinal, a CBV
garante a participação no ano seguinte, para os times que ficarem até na 8ª
posição da Superliga. Mas, o time pode perder seus jogadores mais importantes
por falta de dinheiro. O que acarreta, possivelmente, no fim do projeto.
Situação que vive hoje a equipe do Vôlei Futuro. Seu patrocinador master saiu
ao fim da última temporada, a equipe se manteve para esse ano pela colocação,
mas caiu muito em qualidade e está com os dias contados.
Tudo bem que o patrocinador precisa
de resultados e o Campinas, assim como o Vôlei Futuro, não foi campeão. Até
pior. Afinal, o time de Araçatuba foi vice-campeão na temporada 2011/12 e o
time campineiro foi eliminado, por duas temporadas consecutivas, nas
quartas-de-final. Mas patrocinador nenhum pode esperar um imediatismo no
sucesso assim como a equipe do Rio de Janeiro, que foi semi-finalista no ano
passado e é o franco favorito ao título da atual temporada. O time do RJX
contou com um patrocínio monstruoso e formou uma verdadeira seleção, com
craques consagrados e futuros craques.
A Medley deveria insistir nesse
projeto, que tinha tudo para crescer, cada vez mais, nos próximos anos. Mas,
mais uma vez, como é frequente no voleibol, um patrocinador abandona uma
equipe, deixando-a de mãos abanando. O que é lamentável.
Mas esse lamentável ainda é muito menor
do que o lamentável do futebol. Antes as idas e vindas das equipes de vôlei do
que os mares de dívidas em que se afogam as equipes do esporte mais popular do
Brasil.
Rodrigo Rocha
Investimento no Brasil é polarizado... só o futebol ganha.
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