A Batalha das Termópilas. Assim caracterizo toda a trajetória da seleção brasileira masculina de futebol em Londres. Popularmente falando, comparo os 18 jogadores do comandante Mano Menezes aos 300 guerreiros espartanos do Rei Leônidas. Muitos devem estar pensando que isso é motivo de honra. Sim, de fato seria, se não fossem por leves - praticamente imperceptíveis a olho nu - mas decisivas mudanças na comparação das histórias.
A pólis grega de Esparta tinha, enraizada em sua cultura, a formação de guerreiros. Todo menino preparado e adequado aos moldes espartanos era treinado, visando um futuro de batalhas, tal como todo cidadão brasileiro nasce ouvindo um velho - e ignorante, em minha opinião - clichê: " o Brasil é o país do futebol".
Em dado momento da história, Leônidas, um líder desde jovem preparada para tal posto, toma uma medida para lutar pela honra de seu povo. Sem apoio dos pensadores e nobres da região, juntou os mais bravos e leais soldados e partiu para uma batalha diante de um adversário invencível, enquanto a maioria preferia aliar-se ao oponente. Em Londres, a seleção brasileira enfrentaria novamente uma de suas maiores dificuldades. A cobrança e pressão por nunca ter ganho um ouro olímpico para a coleção dourada caía no colo do comandante Mano, que, por sua vez, tinha todo o respaldo dos "pensadores" e "nobres" do futebol do país, já que o Brasil investe quase que exclusivamente no esporte que move - e cega - a nação. E assim partiram os brasileiros, em busca da glória, com os homens que honrariam o manto canarinho.
Com estratégia de guerrilha e competência, os espartanos, mesmo pressionados e enfrentando um adversário em maior número, venciam batalhas sucessivas, o que deixava o líder persa, seu oponente, cada vez mais surpreso e assustado. Já nas terras de Rainha Elizabeth, a seleção de Mano duelava e vencia um adversário após o outro, jogando um futebol eficiente e, de certa forma, convincente.
O último duelo. O rei da Pérsia cansara de ser humilhado e resolveu, de maneira desleal, pôr um ponto final na trajetória espartana, que mesmo com total descrédito de seu povo, representara com dignidade seu país. Enquanto isso, na capital inglesa, o México era o último adversário dos guerreiros da amarelinha. Coincidentemente, os brasileiros tiveram o mesmo fim dos nobres de Esparta: a derrota. Mas, infelizmente, não carregam a mesma honra.
De um país que vive em função do futebol, nada mais se espera do que o lugar mais alto do pódio. Um governo (e um povo, claro) que escolhe seus heróis antes mesmo da batalha, deve dividir com seus representantes o peso da derrota. Em Londres, o futebol virou mais uma página olímpica prateada, mesmo com todo respaldo possível, enquanto outros esportes clamam por patrocínio e incentivo, para que possam desenhar caminhos dourados como o dos espartanos. Nos golpes dos irmãos Falcão, na garra do basquete masculino, na superação das meninas do vôlei, nos braços de Robert Shceidt, nas argolas de Zanetti, entre outros, sentimos o verdadeiro orgulho de ser brasileiro. Se fôssemos sensatos ao escolher nossos reais representantes, estaríamos, hoje, prontos para dizer ao mundo que o Brasil é o país da cultura e não que nossa cultura é apenas de prata.
Igor Rodrigues
A polis grega de
Porrrr! Tapa na cara da sociedade que eles falam né?
ResponderExcluirTem muita gente que precisa ler isso. Sou fanático por futebol (E SEI QUE VOCÊ TAMBÉM É KKKKKK), mas temos que admitir que o que tá escrito é a mais pura verdade.
Que comparação fantástica mlk. Nem parece você. kkkkkkkk zoaa!
Sucesso já
toop de mais!!
ResponderExcluirtb sou fanático e fiquei puto qnd um monte de gnt colocou q os caras eram pipoqueiros... principalmente o neymar q com 19 anos ja foi pro mundial (so conquistou a libertadores) e eh apenas a estrela da seleção pentacampeã mundial
é Vitin, é mais fácil sempre achar um culpado ali dentro, do que começar a se preparar melhor como país para participar de uma Olimpíada!
ExcluirImpressionante como o pensamento é o mesmo, Igor.
ResponderExcluirO Brasil precisa crescer muito ao invés de apontar culpados. Crescendo como um todo, com oportunidades para todos, ganhamos demais. Vide o exemplo paralímpico.
Muito bom início. Caminhada vai ser sensacional se mantiver esse nível.
Parabéns
ficou foda o texto!
ResponderExcluirBem parecido com o que eu penso sobre o que aconteceu...
bem escrito, de uma forma diferente, que valorizou ainda mais o texto.
Muito bom, bichona!
Abraço
que liiiiiiindo!
ResponderExcluira mais pura verdade. O vôlei que já deu muito mais pelo país não é tão valorizado!
Excelente artigo!
ResponderExcluirJá sabemos o seu futuro como jornalista esportivo, né?
Sucesso amigo! :)
Não acho que sejam pipoqueiros também não, mas o brasileiro é muito arrogante ao achar que ainda é soberano no esporte bretão. Já não somos tem muito tempo...
ResponderExcluirExcelente alusão! Todos nós gostaríamos de um comandante mais competente.
Neymar que nada! Só joga no Santos.
ResponderExcluirSe a seleção tivesse o BARCOS aí sim.
KKKKKKK